Ontem, os parlamentares receberam a primeira convocação para depor, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. A sessão durou incríveis 8 horas.

Vasques é suspeito de usar sua carga para agradar o ex-presidente Lula durante a eleição no Nordeste, região historicamente mais inclinada à esquerda.

No depoimento de ontem, Silvinei recusou veementemente qualquer irregularidade ou omissão. Ele argumentou que seria inviável ter um esquema envolvendo 13 mil presos em diferentes estados sem deixar rastros de conversas, reuniões ou e-mails.

Outro ponto bastante questionado pelos parlamentares foi sua relação com o presidente Bolsonaro. O ex-diretor enfatizou que sempre teve uma relação mantida profissionalmente, negando qualquer boato em contrário.

A Comissão já possui uma lista de nomes a serem ouvidos e uma ainda maior de possíveis convocações, o que tem gerado embates entre membros do governo e da oposição.

Até segunda-feira, somente nomes ligados ao governo Bolsonaro haviam sido aprovados, como Mauro Cid e os ex-ministros Anderson Torres, Braga Neto e Augusto Heleno. Ontem, a Comissão assumiu a convocação do ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, além do ex-diretor da Abin, também indicado pelo ex-presidente Lula.